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O Que Fazer Quando se Esquece de Tomar um Medicamento?

lembrar de tomar a medicação

Como farmacêutica, sei que esquecer uma toma de medicação é algo que nos acontece a todos. Por isso, achei importante deixar aqui algumas orientações gerais que podem ajudar a gerir estas situações. No entanto, é importante lembrar que cada medicamento tem as suas particularidades e cada pessoa é única – especialmente se tiver alguma condição específica ou tomar vários medicamentos. Por isso, se tiver dúvidas, não hesite em falar com o seu farmacêutico ou médico. Também pode enviar-me uma mensagem por aqui.

A forma correta de agir quando se esquece uma dose depende de três fatores principais: o tipo de medicamento, a sua meia-vida (o tempo que o organismo demora a eliminar metade da quantidade da substância que ainda se encontra no nosso organismo) e o tempo que passou desde a hora prevista para a toma.


Se passaram menos de 2 horas desde a hora habitual de toma, a recomendação geral é tomar a dose esquecida assim que possível e continuar com a próxima toma no horário habitual.


Se passaram mais de 2 horas, as orientações variam consoante o tipo de medicamento e a frequência com que deve ser tomado.

Para medicamentos tomados duas vezes por dia (de 12 em 12 horas), regra geral, pode tomar a dose esquecida se ainda faltarem pelo menos 6 a 8 horas para a próxima toma.

No caso de medicamentos tomados três vezes por dia (de 8 em 8 horas), é preferível aguardar pela próxima toma programada.

Já para medicamentos tomados quatro vezes por dia (de 6 em 6 horas), pode tomar a dose esquecida se o atraso for de até 2 horas, ajustando depois o horário das próximas doses.


É fundamental nunca tomar uma dose a dobrar para compensar a que foi esquecida.

Consulte sempre o folheto informativo do medicamento para seguir as orientações específicas.

Tenha em atenção que este esquema não é válido para insulina.


Se estiver em tratamento com vários medicamentos ou se existirem dúvidas, procure aconselhamento junto do seu farmacêutico ou médico, uma vez que podem ocorrer interações ou ajustes específicos.

Para doentes polimedicados, a avaliação deve ser feita caso a caso.


Alguns medicamentos, como anticonvulsivantes ou anticoagulantes, podem ter recomendações próprias baseadas nas suas características farmacocinéticas.

Além disso, fármacos com meia-vida longa podem ter indicações diferentes das mencionadas acima.


Para evitar esquecimentos, sugiro utilizar alarmes no telemóvel ou a utilização de uma aplicação para gestão da medicação.

Em caso de dúvida, a melhor opção será sempre consultar o folheto informativo ou um profissional de saúde.

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